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Por que o PT tem tanto medo do Ciro?

As pesquisas mostram Ciro Gomes como um candidato que não alcança 8% das intenções de voto, ao passo que o pré-candidato petista lidera a corrida com mais 40%. Comparado os números é notório que o candidato desenvolvimentista não representaria uma “ameaça” direta ao Partido dos Trabalhadores, mas a verdade é outra, e o perigo que assusta os petistas chama-se segundo turno, o motivo eu explico logo abaixo.

A pré-campanha de Ciro tem se concentrado muito em fazer críticas contundentes e indistintamente a lula e a Bolsonaro, o que mostra que sua intenção é atrair os eleitores chamados “nem-nem”; nem Bolsonaro e nem lula, e apesar desse público ser uma parcela pequena do eleitorado, em torno de 14%, esse público é formado por um agente muito qualificado para qualquer campanha, a razão disso está no próximo parágrafo.

O sucesso de um pleito vencedor está em diversos elementos, porém um deles é responsável, quase que sozinho, pela vitória, é o chamado eleitor qualificado, esse público difere de militantes comuns, por possuir convicções próprias sobre o pleito, o que os deixa imunes a campanhas voltadas para as massas.

Esses eleitores também são formadores de opinião, possui alguma influência ou autoridade dentro do seu convívio social, condições que os qualificam para converter votos para seu candidato, e é de olho nisso que o ex-Ministro está focado.

Ciro Gomes já lidera entre os candidatos com maior eleitorado qualificado para 2022, prova disso é o medo que seus adversários tem de sua militância. Chamada de Turma boa, a militância do pedetista é extremamente engajada, mesmo sem uma estrutura organizada como os sindicatos que apoiam o petista ou os clubes da ala governista, a turma boa é altamente conectada, consegue dar respostas rápidas e mantem sempre o nome de Ciro entre os assuntos mais comentados da rede.

O impacto disso é muito simples, se cada eleitor de Ciro converter mais dois votos até o primeiro turno em outubro, isso colocaria o pedetista com folga para disputar a segunda fase das eleições e considerando que Ciro possui uma rejeição menor que os dois principais nomes do pleito atualmente, com certeza ele seria a opção do chamado voto útil.

De olho nessa militância qualificada de Ciro e conhecendo as suas intenções, seus adversários petistas tem se empenhado muito em tentar desqualificar a chamada turma boa, dizendo que são bolsonaristas arrependidos, ao mesmo tempo que tenta assustar os indecisos falando sobre “golpes” inclusive propondo que o ex-ministro desista de sua campanha para “salvar a democracia”.


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João Avelar

Jornalista Blogueiro, formado em ciências contábeis e especialista em Gestão Pública Municipal com mais de uma década de experiencia no setor público.

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